segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Viagem Pelo Jazz

Como é minha primeira vez escrevendo no blog, vou falar do meu estilo musical preferido: o jazz. Logo na primeira vez que escutei jazz me apaixonei, é incrível como a música é envolvente. Mas o que mais me chamou a atenção foi as grandes improvisações feitas, simplesmente surpreendentes! E é isso que faz do jazz um estilo tão interessante, o fato de que nenhuma apresentação será igual a outra.E é disso que se trata o jazz, assumir um risco: “o risco de se confrontar com o silêncio e preenchê-lo com um discurso inédito e próprio, o risco de ser um "compositor instantâneo", como dizia Charles Mingus. Os músicos vão me entender ao dizer "risco", pois, quem nunca sentiu aquele friozinho na barriga ao fazer um solo, mesmo que não fosse improvisado?Os músicos do jazz não estão presos a temas, nem a padrões de fraseado convencionais, nem à harmonia tonal; em vez disso, eles se valem de acordes e pequenas células combinadas de antemão para se coordenar entre si e se orientar dentro da textura sonora. E para quem quer ver bastante improvisação ,e em conjunto, basta ouvir músicos do chamado “free jazz”, que incorporou conquistas estéticas da arte de vanguarda dos anos 60, como a música atonal e aleatória e o happening.No free jazz a ênfase está na improvisação conjunta. Pode-se dizer que o free jazz “nasceu” com o famoso disco intitulado Free Jazz, nele é possível ouvir o mais puro e belo jazz tocado pelo quarteto duplo liderado por Ornette Coleman (sax alto) e Eric Dolphy (clarinete-baixo). Participaram também músicos importantes como :Charlie Haden e Scott LaFaro aos contrabaixos, Don Cherry e Freddie Hubbard aos trompetes, Ed Blackwell e Billy Higgins nas baterias.O próprio Charles Mingus, já citado, faz parte dessa turma do free jazz. Mas esta não é a única vertente do jazz, há muitas outras: o swing( dançável, foi o mais popular durante a segunda guerra mundial), cool jazz ( proposta intelectualizada) entre muitos outros. É notável como o jazz passou por modificações, e em pouco mais de cem anos.Nasceu do blues, do negro spiritual protestante e do ragtime, e hoje é feito com instrumentos eletrônicos - samplers e sequenciadores - num cruzamento com o tecno e o drum´n´bass atendendo a todos os gostos. Para quem gosta de música de qualidade, muito swing, enfim, música de qualidade, o jazz é perfeito. Aí vai algumas dicas legais de cds, meus preferidos, e na minha opinião uns dos melhores das antigas: All or Nothing at All Billie Holiday, vocal;Harry 'Sweets' Edison, trompete; Ben Webster, sax tenor; Jimmy Rowles, piano; Barney Kessel, guitarra; Joe Mondragon, contrabaixo; Alvin Stoller, bateria(Verve, 1957), Giant Steps John Coltrane, sax;Tommy Flanagan, Wynton Kelly e Cedar Walton, piano; Paul Chambers, contrabaixo; Jimmy Cobb, Lex Humphries e Art Taylor, bateria(Atlantic, 1959), Pithecanthropus Erectus Charles Mingus, contrabaixo;Jackie McLean, sax alto; J. R. Monterose, sax tenor; Mal Waldron, piano; Willie Jones, bateria(Atlantic, 1956). E para quem quer ver ao vivo, basta sair na noitada capixaba o Jazz Café é uma excelente pedida, talvez a melhor.Passeando pela Rua da Lama e por Praia do Canto, não é difícil encontrar um bom som . Como se vê, não é difícil encontrar música boa para curtir, então aproveite o tempo livre para ir á caça de boa música, e como diz o Prof. Grijo "Pare de escutar katinguelê" e busque novos ritmos. Bons sons!

15 comentários:

Gabriela Soneghet disse...

pois é juh, isso é intrigante, como tanta gente consegue escutar essas músicas, desculpe o termo mas podres e ainda rir do bom gosto musical. Ainda bem que não sou a única que não adimiro chiclete com banana e soweto na sala.

Damn disse...

Juliana,
sua intelectualidade me cansa o.O

Brincadeira à parte,
eu nunca fui muito fã de Jazz, porém nunca fui fão de Katingulê e essas bombas atômicas musicais;

Mas assim vou até no Jazz Café quando tiver tempo^^

Sarah Evangelista disse...

Adoreei!
Gosto de Jazz. A combinação de sax + piano é A perfeição!
Boa opção o Jazz Café, qualquer dia desses irei lá beber alguma coisa e ouvir um bom som.
Parabéns pelo texto Ju!

Juh Louzada disse...

huahuaua!! é verdade, está raríssimo encontrar pessoas que apreciam algo além da música popular de hoje. mas é isso aí vamos firmes, qm sab um dia desses nós não fazemos um "happy hour" no Jazz Café? Altos papos regado com boa música, nada melhor...

Cinéfilo disse...

Mas que surpresa agradável!
Saber que alguém curte Mingus, Dolphy, Coltrane et cia.
Bom saber Juliana.
Tenho vastíssimo material. De vez em quando comento sobre um ou outro disco no blog.

Se quiserem ouvir bom jazz em Vitória, é melhor procurar o Balabobaco. Às terças - caso de hoje, por exemplo - rola um bom som, geralmente sax, teclado e baixo.
Vale uma conferida.

Katinguelê é com "K"?

Brunella disse...

Pois e!
Katinguelê, com K mesmo!

otimo texto Ju!
começou MUITO bem.
Jazz SEMPRE e uma boa pedida. alias, excelente.

nao sou profunda conhecedora, mas admiro muitissimo o estilo.

com certeza em breve faremos nosso happy hour ao som de Jazz ;)

Sarah Evangelista disse...

queremos mais posts da Juuuuu!!
rsrs
olha aíí..hoje tem um cara que canta Beatles lá no Jazz..
demo mole rsrs
bjoo

Juh Louzada disse...

que pena que perdemos...
mas em compensação o Tim Festival vem aí!! e adivinha: cheioo de bandas de jazz, eu sei que o preço não é muito legal, mas pagando meia dá pra ir! quem estiver interesse estamos aí é pra isso!!

Damn disse...

Eu já falei,
o Tim Festivalé muito caro ><
É programa patrocinado pela Funai:

Com 30 reais dá pra ir à Patagônia e ainda sobra troco pra um big-big

Murilo Gomes disse...

O Tim Festival vai colocar Vitória na rota internacional de grandes atrações (auhuHAUauUA),balelas a parte,eu acho que seria uma boa a gente sair pra escutar jazz,apesar de eu não entender muito sou simpatizante.


obs: Sarah puxa-saco

Juh Louzada disse...

exatamente, concordo com vc! é importantísimo esse tipo de evento, para que mais shows desse calibre possam acontecer, pô galera anima aí!! vamos sim vai ser muito legal. e bem melhor do que ir para Patagônia (o big big, eu t dou)!
obs: sara não é puxa-saco...

Damn disse...

Um.
Ganhei um big-big^^

Sou mais cultura prática e barata.
Minhas finanças são curtas;
Bons bares, sem aquelas peruagens toda do Tim Festival.

A despropósito,
desisti da Patagônia.
Acho que com 30 reais dá pra ir pro Deserto do Atacama e na volta pagar a passagem do 507.

Juh Louzada disse...

Deus que me livre!!! 507 naum!!! me junto até a roda de pagode com katinguele, sorriso maroto e o resto para não ter q pegar esse ônibus!! É uma viagem ao inferno. Agora, a viagem para o deserto rola com certeza, na volta, pode ter certeza, um caminhoneiro caridoso dá uma caroninha. E se não der também, eu toco a viola, vc canta ( é Dam, vc mesmo!!!), e ganha uns trocadinhos. Quem sabe não fazemos carreira?!!!
Axu q não né?

Unknown disse...

estou passeando pelo blog e vejo 13 comentários no post da Ju
pensei "uau"
vim conferir, e vi que isso aqui virou fórum.

aliás, virou bagunça!!!

pode transferir o bate papo pro tópico na comunidade do orkut!

Cinéfilo disse...

Uma dica: há um blog muito interessante sobre jazz, feito por um capixaba: jazzseen.blogspot.com

Vale uma checada.