O niilismo nietzscheano não valeu apenas para o século XIX e para as revoluções que estavam por vir no século XX, a “doutrina do nada” descreve o cenário underground de uma sociedade digital e tecnológica, em um gênero de ficção científica que mistura quadrinhos, cinema noir e a prosa pós-moderna: o cyberpunk.No livro “Neuromancer”, o escritor William Gibson discorre sobre o indíviduo dessa era: um ser desacreditado, destoante de um Estado totalitário baseado na tecnocracia onde imperam grandes Indústrias/Empresas. Esse mundo, por sua vez, é totalmente baseado em tecnologia e computadores, não sendo rara a conexão direta entre cérebro humano e um computador conectado à Internet. E são nessas conjunturas que as quatro meninas do Clamp criam a sua obra-prima, na minha opinião: Clover.
O caráter inovador desse projeto já é percebido visualmente: ao invés do típico desenho em grafite, a folha de papel é explorada como um todo através do negativo e positivo (basicamente, o negativo é um desenho que se forma preenchendo o espaço a sua volta e o positivo é um desenho que delimita o espaço a sua volta através do seu preenchimento) e também da quebra com a relação fundamental de qualquer história: Início, Meio e Fim. Clover começa direto na questão central: Suu, uma das crianças que demonstram o poder de manipular a tecnologia à sua volta e procuradas pelas forças armadas de seu mundo cyberpunk para participarem do projeto Trevo (Clover, em inglês. Só para constar: as crianças são identificadas de acordo com o número de folhas que o seu trevo apresenta, sendo as mais poderosas aquelas que possuem o maior número de folhas.). Suu, por apresentar ser a mais poderosa criança, a única Clover-4, é pressionada pelo governo de seu país a manter-se longe do alcance humano a fim de impedir que ela seja manipulada e usada como arma contra o Estado. Sem companhia, Suu tem apenas um desejo ir ao “Fairy Park”, um parque de diversões. Em sua escolta é enviado Kazuhiro, um militar forçado a realizar trabalho, só que a escolha de Kazuhiro vai muito mais do que pelo Estado, mas também pelos que anseiam uma revolução.
Após essa apresentação de fatos, no percurso de Suu e Kazuhiro aparecem flash-backs que ajudam a compreender a história. Infelizmente, por falta de tempo e verba o Clamp foi obrigado a deixar Clover de lado e não possui nenhuma previsão de acabar a história.
O mangá, no Brasil, é visto apenas como uma revista em quadrinhos qualquer indicada para crianças e adolescente que não tem muito que fazer. Entretanto, o verdadeiro mangá é nada mais que um livro com desenhos demais. De fato, o traço característico desse tipo de quadrinhos não é atraente, causando certas deformações na estrutura de um personagem (vide Watanuki e a Yukko de XXX Holic), porém toda a estrutura por trás das páginas lidas ao contrário é tão complexa como as dos Comics ocidentais (vide Clover). Os quatro volumes que contam a história de Suu não existem no Brasil sendo necessário importar dos EUA os pequenos livros e claro, forçar um pouco o seu inglês. Para o amante incondicional do quadrinho, seja ocidental ou oriental, indispensável leitura.
O caráter inovador desse projeto já é percebido visualmente: ao invés do típico desenho em grafite, a folha de papel é explorada como um todo através do negativo e positivo (basicamente, o negativo é um desenho que se forma preenchendo o espaço a sua volta e o positivo é um desenho que delimita o espaço a sua volta através do seu preenchimento) e também da quebra com a relação fundamental de qualquer história: Início, Meio e Fim. Clover começa direto na questão central: Suu, uma das crianças que demonstram o poder de manipular a tecnologia à sua volta e procuradas pelas forças armadas de seu mundo cyberpunk para participarem do projeto Trevo (Clover, em inglês. Só para constar: as crianças são identificadas de acordo com o número de folhas que o seu trevo apresenta, sendo as mais poderosas aquelas que possuem o maior número de folhas.). Suu, por apresentar ser a mais poderosa criança, a única Clover-4, é pressionada pelo governo de seu país a manter-se longe do alcance humano a fim de impedir que ela seja manipulada e usada como arma contra o Estado. Sem companhia, Suu tem apenas um desejo ir ao “Fairy Park”, um parque de diversões. Em sua escolta é enviado Kazuhiro, um militar forçado a realizar trabalho, só que a escolha de Kazuhiro vai muito mais do que pelo Estado, mas também pelos que anseiam uma revolução.

Após essa apresentação de fatos, no percurso de Suu e Kazuhiro aparecem flash-backs que ajudam a compreender a história. Infelizmente, por falta de tempo e verba o Clamp foi obrigado a deixar Clover de lado e não possui nenhuma previsão de acabar a história.
O mangá, no Brasil, é visto apenas como uma revista em quadrinhos qualquer indicada para crianças e adolescente que não tem muito que fazer. Entretanto, o verdadeiro mangá é nada mais que um livro com desenhos demais. De fato, o traço característico desse tipo de quadrinhos não é atraente, causando certas deformações na estrutura de um personagem (vide Watanuki e a Yukko de XXX Holic), porém toda a estrutura por trás das páginas lidas ao contrário é tão complexa como as dos Comics ocidentais (vide Clover). Os quatro volumes que contam a história de Suu não existem no Brasil sendo necessário importar dos EUA os pequenos livros e claro, forçar um pouco o seu inglês. Para o amante incondicional do quadrinho, seja ocidental ou oriental, indispensável leitura.
3 comentários:
Muito legal esse trocadilho:
Gigahertz por Gigahearts, mas se foi falar de cyberpunk por que logo de mangá?
Só você mesmo, Daniel.
Preciso me inteirar desse assunto para entender a amplitude, para ter o alcance.
Aproveito para divulgar para vcs:
http://movieantiqua.blogspot.com/
Dois contos de meu novo livro (ainda inédito).
É uma experiência. Veremos no que dá.
Abraços
hehe..siim Dam!!!! o "eles merecem.." é uma ironia.
O VMB está seguindo os passos do VMA. Se teve lixo sonoro e visual com a apresentação da Britney, porque não escolher o NX zero como melhor banda?
abraço.
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